domingo, 10 de abril de 2011

Quem é realmente o culpado?


De: Edmar
Essa semana aconteceu um fato que marcou a vida de muitas pessoas, marcas que por mais que o tempo passe irão causar dor e sofrimento para o resto da vida. Por volta das 10h30min da manhã da última quinta-feira, todos os meios de comunicação começaram uma intensa cobertura da chacina ocorrida no bairro Realengo, na zona oeste do Rio de Janeiro, quem começava entender o que acontecia não conseguia acreditar que tudo isso estava ocorrendo no Brasil. Cenas de terror e pânico abalavam a sociedade brasileira.
Tudo isso nos faz refletir sobre a fragilidade da nossa segurança e principalmente a crise educacional que a população brasileira vem passando há anos, as instalações onde a escola está situada são precárias lembra mais um presídio do que um lugar onde as crianças necessitam para aprender.
O país que investe milhões no carnaval e deixa a saúde e a educação para segundo plano deveria prever esses acontecimentos, mas sempre quem paga a conta são os cidadãos que cumprem com suas obrigações tributárias, a sociedade está escassa de conhecimento os meios de comunicação em massa do país exploram conteúdos fúteis e deixam de fazer um trabalho tão necessário que poderia ajudar a evitar esses acontecimentos. Trazer esclarecimentos e informação para a população.
Após o ocorrido, diversos profissionais da área da psicologia, passaram a diagnosticar a doença que Wellington sofria.  A psicose esquizofrênica, que causa transtornos, alucinações e distorção da realidade, ele era um louco sem tratamento livre nas ruas. Agora fica a pergunta, ninguém desconfiava da doença dele? Ou será que sabiam, mas como o nosso SUS é tão deficiente que nem houve um esforço em levá-lo a um hospital, pois se sabe que até para conseguir um atendimento por um clínico médico é uma dificuldade imagina um psicólogo. Hoje, a população coloca toda a culpa em Wellington, mas será que ele é realmente o culpado de tudo? Acredito que não, as evidências estavam muito claras e mostrava o quanto ele era desequilibrado e doente.
Talvez se fosse desenvolvidas campanhas educativas esclarecendo sobre esses tipos de doenças e houvesse um atendimento diferenciado para pessoas com esses problemas, as pessoas que conviviam com Wellington teriam de alguma forma impedido todas essas mortes, inclusive a dele. Não podemos negar que a psicologia é muito importante para que toda a população tenha um mínimo de conhecimento. Tem que ser obrigação do governo fornecer, pois bem sabemos que esse foi apenas um caso em evidencia, quantos Wellington ainda existem e vivem com essa doença e não tem tido ajuda alguma do estado e em muitos casos nem da família.  

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