Por Edmar Silva.
Quem passa pela esplanada dos ministérios nesse início do mês já consegue visualizar a organização do espaço para as comemorações do dia 7 de setembro. Todos os prédios dos ministérios com um banner enorme em sua fachada elencando suas atribuições. Tudo muito organizado e planejado. Contudo, muito diferente da realidade se for observada a situação da saúde pública, da educação, dos transportes públicos e etc.
Praticamente todos os dias é comum reportagens em todos os meios de comunicação informando sobre o caos que vive a saúde pública. A mais recente mostrou a dificuldade que enfrenta quem necessita de um remédio de alto custo, filas intermináveis chegando ao ponto de pessoas terem que dormir na fila, o governo mudou o local de atendimento em Brasília com a promessa de melhora, mas pelo jeito piorou a situação.
Outra indignante foi relatada essa semana pela mídia, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo proibiu alguns hospitais que são custeados pelo estado de reservarem leitos para hospitais da iniciativa privada, mas como assim? È exatamente isso! Uma falta de respeito com quem está ali há tempos nas filas dos hospitais públicos aguardando um leito. Essa semana a presidenta Dilma levantou a possibilidade de obrigar os Entes da Federação a gastar pelo menos 10% das suas receitas com a saúde, porém pelo que parece o problema da saúde não é dinheiro, uma reportagem do jornal O Globo dedicado a avaliar a saúde pública mostrou um hospital que possuía diversos equipamentos de tomografia encaixotados há anos, que serviam para assento por falta de competência para instalá-los para serem utilizados, sem falar que alguns Municípios que preferem pagar por vagas na rede particular para atender pacientes dos SUS alegando que é mais barato do que construir hospitais.
A educação no Brasil precisa ser observada como a garantia de um futuro melhor para o país, mesmo com os avanços recentes ainda se estar longe de ser a educação de qualidade de um país desenvolvido, hoje chegam a terminar o ensino médio cerca de 5 milhões de alunos, contabilizando todas as vagas das universidades federais há em torno de 300 mil vagas disponíveis, ou seja o estado não tem dado a oportunidade para todos. Muitos alunos recorrem às universidades privadas, mas como a educação ainda não é um investimento barato, a maioria dos alunos precisa trabalhar durante todo o dia para poderem custear a graduação, por esse motivo muitos chegam cansados em sala de aula, não estando em estado adequado para aprenderem o necessário para se tornarem qualificados o suficiente para atender as expectativas do mercado de trabalho. Enquanto o Brasil registra em torno de 400 patentes anualmente a china registra em média 5 mil, a diferença é muito grande, isso devido a qualidade da educação entre os dois emergentes que é tão grande.
No transporte público a situação também é preocupante, basta apenas utilizá-los em Brasília, isso mesmo! Na Capital Federal para se ter uma noção do problema. São poucos ônibus, ainda por cima velhos e uma das passagens mais caras do país.
Nessa semana da independência não é vislumbrado muitos motivos para os brasileiros comemorarem, pois afinal de contas o que se tem visto é um país que desrespeita seus cidadãos das mais diversas formas. Pode-se até ter independência de outros países, mas os brasileiros ainda são escravos de um país com políticos corruptos, onde a lei para uns funciona e para outros ela é ineficaz.
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